quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

TELECENTRO DALCIDIO JURANDIR - CCMS PARTICIPOU DESTE GRANDE ENCONTRO INTERNACIONAL

Encontro em Alter do Chão debateu software livre, direitos dos povos tradicionais e ancestralidade


Encontro do projeto mídia dos povos em Alter do Chão, no Pará. (foto: mídia dos povos)
Encontro do projeto mídia dos povos em Alter do Chão, no Pará. (foto: mídia dos povos)
Comunidades indígenas e ribeirinhas ameaçadas por barragens; negros quilombolas resistindo à violência institucional e criminalização da cultura afro-brasileira; troca de saberes ancestrais e muita pajelança. Esses foram os temas que atravessaram o segundo encontro do projeto  Mídia dos Povos, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), que ocorreu entre os dias 21 e 25 de setembro em Alter do Chão, no Pará. A atividade reuniu representantes de povos tradicionais e ativistas de diferentes comunidades da Amazônia para uma imersão sobre software livre e mídias comunitárias.
O encontro contou com a parceria do Coletivo Puraqué que há anos atua com inclusão digital através do software livre em Santarém. Os Software livres são programas abertos e gratuitos. Além de garantir o acesso mais democrático dos programas, o uso deste tipo de software garante que o usuário não precise pedir qualquer permissão ou se comprometer com licenças proprietárias restritivas.
A coordenadora do Mídia dos Povos, Luiza Cilente, acredita que estimular o projeto e garantir cada vez mais o uso deste tipo de software junto às comunidades e projetos de mídia alternativos, comunitários e livres, permite a maior liberdade e autonomia aos mesmos. 
O grupo dá continuidade ao ciclo de encontros que se iniciou em agosto deste ano no quilombo do Curiaú em Macapá, no Amapá, onde quilombolas debateram políticas afirmativas em rádios livres e comunitárias. Rejane Souza e João Ataíde, representantes dos quilombolas, estiveram presentes em Alter do Chão para compartilhar sobre essa experiência e trocar sobre novos saberes.
Milson dos Santos, ativista do Maranhão, apresentou a plataforma de autocartografia Lagbaye Lyika que permite o envio de denúncias de situações de violência, mapeando áreas de riscos para alertar pessoas e organizações sociais. Outro participante, Josivan dos Santos, morador da comunidade  ribeirinha de Juruti Velho, também no Pará, aproveitou para colocar no mapa denúncias sobre os impactos ambientais e violações de direitos provocados pela multinacional Alcoa ao explorar bauxita na região da comunidade.
Indígenas Munduruku também estiveram presentes no encontro. Eles explicaram sobre o processo de autodemarcação de suas terras. Marunha Kirixi da aldeia Sawré Muybu contou sobre a experiência de um grupo de mulheres munduruku que estão se apropriando de equipamentos para documentar e criar suas próprias produções audiovisuais sobre a etnia.
O próximo encontro vai ocorrer no final de novembro na aldeia de Marunha, localizada  próximo a Itaituba, no Pará onde os participantes irão debater produção e gestão de projetos. Também será realizada uma oficina de edição de vídeo em software livre. (pulsar/mídia dos povos)

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Um comentário:

  1. Os representantes do Telecentro Dalcídio Jurandir (Centro Comunitário Morada dos Sonhos)foram seu Gestor do Telecentro: Augusto Hijo e o Arte Educador da área de Grafitti: Marcelo Silva, ao qual deram excelentes contribuições sobre as discussões à cerca de Ações pontuais relacionadas ao meio ambiente, cultura, ações sociais, bem como formas alternativas de crescimento do IDH ( Índice de Desenvolvimento Humano) daquela região, mais precisamente a Vila de Alter do Chão. Articulando parcerias com instituições locais e internacionais com foco na preservação da cultura Tapajônica, suas ancestralidades como ponto de referência para ações de salvaguarda destas culturas.

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